quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Dicas para o turismo de alta montanha

O Consulado Brasileiro em Mendoza divulgou as seguintes dicas para os viajantes brasileiros que desejem aproveitar a temporada de alta montanha na região. São dicas importantes para aproveitar ao máximo e com segurança essa temporada !

ABERTURA DA TEMPORADA DE ALTA MONTANHA
Orientações ao turista brasileiro
Mendoza, capital internacional do vinho, inicia sua temporada de alta montanha e esportes radicais em novembro, e se estende até março. São muitas as opções de divertimento, gastronomia e lazer a disposição dos turistas que visitam a cidade e o seu entorno, tais como visitas a vinícolas, cavalgadas, montanhismo e turismo rural, e
ntre outras. Entretanto, é preciso estar atento e tomar algumas precauções para que sua estância em Mendoza seja tranquila e proveitosa.
Conheça seu Consulado – o Consulado-Geral do Brasil em Mendoza está situado em pleno centro da cidade, à Calle Rivadavia nr. 628, atendendo das 9 às 15 horas, de segunda à sexta-feira, e 24 hs pelo telefone de emergência 155-378478, por meio do qual o cidadão brasileiro poderá encontrar informações e orientações.
Evite passeios solitários – a polícia de Mendoza tem registrado diversos ataques a turistas que se aventuram em passeios de bicicletas por estradas vicinais desertas e afastadas dos centros urbanos.
Escaladas de montanhas – a prática do montanhismo exige conhecimento e preparação prévia. O ingresso ao Parque Nacional do Aconcágua, distante 190 km de Mendoza, é autorizado mediante pagamento de taxa, para custear despesas de assistência médica e serviço de patrulhas no parque. Evite aventurar-se sem antes consultar guias especializados e empresas de montanhismo. O Monte Aconcágua (6.962m), a montanha mais alta das Américas, apresenta diversos obstáculos em sua escalada. Informações: www.aconcagua.mendoza.gov.ar
Passo internacional Argentina/Chile – durante o verão, embora não haja incidência de nevadas nas estradas, aos que pretendem cruzar a fronteira em direção ao Chile, é conveniente viajar com o tanque de gasolina do veículo sempre cheio, pois há poucos postos de abastecimento no caminho, e existe o risco de desabamentos nas montanhas que margeiam as estradas, ocasionando a interdição dos caminhos durante horas, ou dias. É prudente munir-se de estoque de água mineral, suprimentos e agasalhos.
Vento Zonda – a ocorrência do fenômeno climático conhecido como Vento Zonda é frequente na região de Mendoza. Os termômetros ultrapassam os 40 graus, o ar torna-se rarefeito e a respiração dificultada, extenuando as pessoas. Evite desgastes físicos desnecessários durante a passagem do vento Zonda e tome bastante água.
Câmbio de dinheiro – está proibida a compra de divisas na via pública. Existe o risco de receber dinheiro falsificado. Diversas casas de câmbio operam no centro da cidade, inclusive aos sábados pela manhã.
Furtos em restaurantes – estabelecimentos do tipo ´´Fast Food´´ são os locais de maior ocorrência de furtos. Carregue sempre seus pertences consigo e desconfie de quem se aproxima muito. O Terminal Rodoviário também tem sido local de muitos furtos. A distração é a prática mais utilizada pelos delinquentes. Evite dar atenção a estranhos durante o embarque e desembarque.
Ônibus de excursão – tem havido furtos dentro desses veículos, acarretando à vítima sérios transtornos na viagem de volta ao Brasil. Proteja sempre seus documentos pessoais.
Operadores de turismo – convém proceder cuidadosa revisão dos equipamentos obrigatórios do veículo, tais como tacógrafos, extintores, etc. e assegurar-se de que fotocópia da documentação dos passageiro esteja guardada em lugar seguro, junto com o cartão de ingresso na Argentina, o qual deverá ser apresentado na saída do país, além do documento de identidade original.
Saúde - brasileiros podem ser atendidos nos hospitais da rede pública argentina: Hospital Central (0261) 449-0500; Hospital Lagomaggiore (0261) 425-9315, (Mendoza); e Hospital Perrupato (0263); 442-0158 – (San Martin).
Informações sobre Mendoza podem ser obtidas nos seguintes sítios eletrônicos:

1- www.elportaldemendoza.com
2- www.mendoza.tur.ar
3- www.ciudaddemendoza.gov.ar

(Fonte: Consulado Brasileiro em Mendoza)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A noite dos Museus

Uma das coisas que mais me charam a atenção em Buenos Aires é a quantidade de museus que existem na cidade, dando a impressão de que o argentino adora uma coleção e também exibí-las.
Nesse próximo dia 31 de outubro acontece um evento que qualquer visitante da capital argentina deve aproveitar: a Noite dos Museus (La noche de los Museos).
Em sua 12a. edição, a Noite do Museus tem 217 estabelecimentos que desenvolvem atividades diversificadas sendo que destes, 26 estão se somando à edição desse ano.
Museo Casa Carlos Gardel onde serão desenvolvidas ativiedades referentes aos 125 anos
de nascimento do ícone do tango dentro da Noite dos Museus 2015.
Segundo o site do evento divulgado pelo governo portenho (para acessar clique aqui), se juntaram instituições do bairro Sul e Oeste de Buenos Aires como Villa Lugano y Villa Luro e também contará com uma programação especial dado os 125 anos denascimento de Carlos Gardel em espaços tão vairados como o "Museo Casa Carlos Gardel", onde o mais conhecido intérprete do tango argentino viveu até Porto Madeiro.
Se você estiver lá dia 31, não perca. Se não puder ir, anote o nome dos espaços , visite o site do governo da cidade e visite quando estiver lá.  É cultura e diversão garantidos!


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Rugby: uma vencedora paixão argentina.


No Brasil, poucos esportes podem afrontar o futebol quando nos referimos à popularidade. Hoje, não vejo outro esporte senão o vôlei para desafiar o reinado do "ludopédio". 
O esporte que vamos tratar hoje, o rugby, tem origem na Inglaterra, com a história de seu começo imerso em lenda. Uma delas, dá conta que um jogador de futebol (o nosso) saiu correndo com a bola de um lado para outro de um campo e colocou a bola atrás da marca de fundo, tendo feito o primeiro "try" da história. O nome do sujeito é William Webb Ellis e o tal jogo ocorreu em uma escola da cidade de Rugby de onde o esporte tirou seu nome.
Escudo da Unión Argentina de Rugby - Pumas
Independentemente da lenda que parece não proceder já que algo como o rugby é bem anterior à infração futebolística, o rugby é jogado em muitos países, principalmente naqueles que são, ou de colonização inglesa ou que tiveram ingleses que contruíram estradas de ferro à partir do século XIX e o Brasil não é exceção.
Ao contrário do Brasil onde o rugby e nossos "Tupis"(como é chamado o time brasileiro) ainda aspiram jogar os principais torneios do mundo o que já é habitual para os uruguaios , chilenos e principalmente para os argentinos.
Os "Pumas" , a seleção argentina, habitualmente disputam a "Copa do Mundo" , o principal evento da categoria, tendo como melhor resultado um 3o. lugar na França em 2007. 
No momento em que escrevo (20/10/2015), a Argentina está classificada para as semi finais da Copa contra a Austrália e ocupa o 7o. lugar do ranking mundial.
Como de costume (exceto quando jogam contra o Brasil em qualquer esporte), estaremos "alentando" (torcendo) para que os Pumas chegem à final enfrentando, quase certamente, os All Blacks , os temidos neo-zelandeses #1 do ranking mundial e donos de uma campanha invejável até aqui.
Parafraseando o grande corredo Juan Manuel Fangio, "partido son partidos, hay que ganalos". Então vamos ver no que dá!

Para saber mais: Site da Unión Argentina de Rugby - 

http://www.uar.com.ar/Default.asp

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Rock Argentino: Rúcula, quer dizer, Eruca Sativa.

Querido argentinófilo, querida argentinófila, saudações!!!

Estava pensando por onde recomeçar a postar nesse blog e decidi começar por música que é um assunto mais agradável do que eleições que estão rolando no país vizinho. Aliás, por falar isso, não deixem de curtir a fan page do blog que vc encontra nesse link : https://www.facebook.com/NotasDaArgentina  Atualizei aqui, atualizo lá.  
Voltando: estava  assistindo o programa de Nelson Castro na TN quando ouvi uma "chamada" para uma transmissão ao vivo que fariam de um show de uma banda chamada "Eruca Sativa" que é o nome científico de , nada mais, nada menos daquela verdura que faz a alegria de alguns e de muitos pizzaiolos e o ódio de outros (meu sobrinho, p.ex.) , a nossa afamada Rúcula.Caramba! Uma banda chamada Rúcula? O que esperar?

Querido ser que lê esse blog e que carrega os genes de um verdadeiro roqueiro, essa Rúcula é para você!!! Um super "power trio" com 2/3 de mulheres (Lula Bertoldi na guitarra/vocais e Brenda Martín no baixo) e 1/3, óbvio masculino, óbvio na bateria e que atende pelo nome de Gabriel Pederneira que entrega um rock com muita pegada, super gostoso de ouvir.
Esse trio de origem na província de Córdoba existe desde 2007 gravou o seu 1o. EP em 2008 que contava , entre outros petardos, com uma versão de "Eleanor Rigby" simplesmente "duca"! Clique aqui para ouvir.
 Esse EP chamou a atenção de Roberto Pettinato que à época apresentava o programa "El show de la noticia" que o selecionou entre material mandado de toda a Argentina. Resultado? O princípio de uma carreira de sucesso que os levaram a gravar seu primeiro CD chamado "Carne" que foi sucedido pelos CDs "Es", "Blanco" e pelo eletro-acústico " Huellas Digitales" gravado ao vivo no ano de 2014, sendo que em 2015 abriram o show dos "Foo Fighters" na cidade de La Plata.
Para mim foi uma grata surpresa reforçando a marca de qualidade que acompanha muitos grupos argentinos nos diversos estilos. Vocês poderão sentir no outro vídeo do Youtube que selecionei para ilustrar essa postagem que a técnica é muito sólida, a qualidade dos instrumentistas é muito boa. 
Apesar de Huellas Digitales ser um CD muito bem gravado e interessante o meu favorito é "Blanco" e é desse CD que tiro a faixa "Eco" para deixar vocês com vontade de ouvir mais. 
Vai para Buenos Aires ou outra cidade argentina? Quer presentear com outra coisa o seu amigo ou amiga, namorada ou coisa e tal com algo diferente de perfume de "Free Shop"? Ou mesmo se auto-presentear? Compra os quatros CDs do Eruca Sativa! Vale a pena.



Até a próxima.

 

Retomando o blog!

Depois de uma ausência um tanto extensa desse blog decidi voltar à ele mesmo não havendo previsão de volta ao país vizinho. No entanto, com a ajuda de amigos de lá e daqui vamos coletando informações para compartilhar com vocês.
Tentarei ser o mais frequente possível tanto quanto as notícias e o meu tempo permitirem.
Bem vindo de volta ao NOTAS DA ARGENTINA!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Memórias sentimentais de Buenos Aires: Cenotáfio do Retiro

“Os guerreiros são os verdadeiros pacíficos. Não pacifista, pacíficos”.
Pierre Closterman no documentáiro “Um brasileiro no Dia D”


O que faz um jovem de treze  anos ser tão fascinado por um tema tão árido como a guerra? Uniformes, armas, aviões? Impossível saber. No entanto, foi esse tema que ocupou meu tempo de intervalo de aulas por pelo menos dois anos sempre como algo distante no tempo e no espaço.
Como poderia adivinhar que poucos anos depois a guerra estaria mais próxima do que se poderia imaginar? De muito perto a mais distante, acompanhei a Guerra das Malvinas com uma paixão desmedida, sem encontrar paralelo.
Tanto isso é verdade que outro dia, em meu escritório, recebi uma pessoa para tratar de assuntos diversos e ao final, na sagrada hora do café, ele me perguntou:
- Desculpe mas você não estudou no CLQ?
Ante minha concordância me fez uma afirmação surpreendente:
- Pois então, eu lembro de você nos explicando acerca da Guerra das Malvinas no ônibus. Você nos explicava sobre armas, aviões, barcos, as batalhas... Tanto que quando fui à Buenos Aires lembrei do que nos falava.
Talvez isso permita aquilatar o espaço que essa guerra sobre a qual ainda encontro-me  ainda sedento por
Minha primeira visita ao Cenotáfio - Junho de 2011
conhecer mais e entendê-la em seus matizes e complexidades. No entanto, há uma experiência que pela primeira vez afrontei: a questão dos caídos e dos veteranos.
Essa última dimensão tenho, com muito orgulho, satisfeito através do contato com pessoas de diversas armas mas a dimensão dos mortos tive quando fui à Buenos Aires em 2011, através do Cenotáfio.
Confesso que , ao resgatar as memórias daquele momento no inverno daquele ano da volta, a  sensação foi de um extremo vazio. Senti um impulso de saudá-los militarmente mas o que consegui fazer foi olhar para aquelas placas de mármore negro  em fundo vermelho e ter a dimensão imprecisa de quantos faleceram, imprecisa por ser um nome mas que remetia a histórias que, ao menos parcialmente, fui conhecendo por relatos em livros e na memória de cada veterano que me coube conhecer.
Ali está o nome de Julio Cao, o professor que escrevia cartas para seus alunos , de Martel cujo avião Hércules foi derrubado por um Harrier,  os 55 pilotos da Força Aérea, dos  323 marinheiros do Belgrano,  pessoas que  fizeram o maior sacrifício que qualquer um possa fazer. Aquele momento foi o confronto definitivo com a crueza da guerra só superado por aqueles que viveram pessoalmente a realidade dela. Não digo que meu gosto por assuntos militares tenha diminuído, impossível, é parte de mim mas como um imã , aquele monumento em Retiro me chama à realidade e, sinceramente, gosto do fato dele ser chamado, singela mas poderosamente de “A los caídos em la gesta de Malvinas y Atlântico Sur” até porque o título de “herói” é algo muito particular e com sentidos muito divergentes, dependendo de sua posição em um conflito.
Sinceramente, não arriscaria um prognóstico sobre o desenlace da chamada “questão Malvinas” e o justo reclame argentino por elas, apenas penso que jamais uma guerra volte a ocorrer na questão da soberania pleiteada.
Confesso que sou inocente o suficiente para seguir acreditando que a “pena é mais poderosa que a espada”  e que aos conflitos se possa contrapor a capacidade de negociação e resolução pacífica para que não tenhamos mais monumentos e todos os heróis sigam vivos.